sábado, 2 de outubro de 2021

Família Machado Teixeira - Angelina da Conceição Porto - Ovídio Luís Machado - Manoel Pinto Porto - Luiza da Conceição Porto - Família Porto e Silva

Em 23/05/1865, em oratório particular de seu pai, Francisco Pinto Porto, casaram-se Angelina da Conceição Porto (* 05/05/1842 + 23/02/1899) e Ovídio Luís Machado (+ 29/12/1923), dando início à prole da família Machado Teixeira em Candelária.

Angelina nasceu em Rio Pardo, RS, e  era filha do Coronel Francisco Pinto Porto (* 05/01/1814 + 30/08/1893) com Maria Leonarda da Conceição , enquanto que Ovídio Luis Machado nasceu em São Gabriel, RS, e era filho de Luís Machado Teixeira e Maria Gertrudes de Meneses.

Angelina e Ovídio tiveram os seguintes filhos:

F1-> Vergilino Luís Machado, nascido em 15/05/1866, casado com Idalina, tiveram a filha Ubaldina (* 17/10/1893);

Livro Batismos 1865 1867 Paróquia N S do Rosário Rio Pardo RS

F2-> Maria Aldina Porto (* 12/06/1867 + 30/12/1900), casou-se com seu tio, José Pinto Porto (+  04/04/1920), em oratório particular de Ovídio Luís Machado, no dia 05/07/1886. José era filho do Coronel Francisco Pinto Porto (* 05/01/1814 + 30/08/1893) com Clara Rodrigues Porto (+ 06/05/1884).

Lápide de Maria Aldina Porto
Cemitério da Costa, Pinheiro
Interior de Candelária, RS



Maria e José tiveram os seguintes filhos:


N.2.1 – Ovídio Pinto Porto (* 10/04/1887 + 10/04/1920), casado em primeiras núpcias com Alice Diamantina Porto (* 10/04/1891 + 20/01/1941). Alice e Ovídio eram, portanto, ambos Porto. Isso porque o pai de Ovídio, José, era filho do Cel. Francisco Pinto Porto com Clara Rodrigues Porto, enquanto que o pai da Alice, o Cel. Quinca, era filho do mesmo Cel. Francisco Pinto Porto com sua primeira esposa, Maria L. da Conceição. 
Ovídio e Alice tiveram os filhos:

B2.1.1-> Maria Emília Diamantina Porto, nascida em 23/05/1914, casada em 25/06/1945 com Heitor Ferreira Martins, nascido em 04/09/1905, filho de Bernardino Ferreira Martins (* 20/02/1863) e Antônia Fagundes Ferreira (* 13/06/1873);

B2.1.2-> Nerino Euclides Porto (* 26/03/1919 + 25/03/1972), casou-se em 25/07/1945 com Alvarina Porto (* 13/01/1926 + 12/04/2010), e tiveram os filhos José Adroaldo, Estela, Célio Roque, Helena Maria, e Glória Aparecida.

 

Ovídio Pinto Porto se casou em segundas núpcias com Anália Diamantina Porto (* 04/12/1914), esta filha de Apparício Pinto Porto (* 08/04/1892 + 05/04/1971), primo de Ovídio, e de Eva Nunes da Silva (*13/01/1893). Tiveram cinco filhos:

B2.1.3-> Elemar Pinto Porto;

B2.1.4-> José Carlos Porto;

B2.1.5-> Cilon Pinto Porto;

B2.1.6-> Maria Gelaci Porto;

B2.1.7-> João Carlos Porto.

 

N2.2 – Clara da Conceição Porto (* 16/03/1889 + 04/06/1977), casada com Origenes Orestes Pessoa de Brum, de cujo matrimônio não houve descendentes;

N2.3 – Leontina da Conceição Porto (* 10/12/1893);

N2.4- Maria Luiza da Conceição Porto (* 20/07/1895 + 11/11/1968), casada com Manoel Luis da Silva, gerando a família Porto e Silva em Candelária. Tiveram os filhos: 

B.2.4.1- Aldo Porto e Silva (* 01/06/1924 + 09/12/1976), casado em 17/07/1948, com Alcery Moreira Porto (* 04/11/1926), esta filha de Almedorino Pinto Porto (+ 05/09/1953) e Adylles Moreira. Alcery era neta de Francisco Pinto Porto Netto (+ 05/08/1945) e Maria Estelita Porto (+ 27/08/1960), e bisneta do Cel. Quinca Porto. Aqui se nota uma confusão na genealogia da família Porto, que costumamente se encontra em vários pontos. Aldo e Alcery tiveram os filhos Maria e Antônio; 

 

B2.4.2- Erny

 

B 2.4.3- Neri

 

B 2.4.4- Celi Porto e Silva (* 08/06/1920), casada em 26/07/1941, com Pedro Cabral Dorneles (* 15/10/1912); 

 

B 2.4.5 - Cecília Porto (* 02/07/1922 + 31/01/2001), casada em 07/10/1944, com Adão Pinto Porto (* 27/08/1919 + 20/06/1992), este filho de Epaminondas Pinto Porto e Edwirges Siqueira Porto, com quem teve a filha Selma Maria Dorneles;

 

B 2.4.6 –José Luís Porto  e Silva (* 26/09/1926 + 21/06/1992), casado em 26/09/1947, com Lecy Maria Porto (nascida em Cachoeira do Sul, em 23/04/1928, falecida em 17/09/1993, em Candelária, filha de Apparício Pinto Porto (* 01/03/1895 + 08/01/1959) e Dorvalina Crecina Porto (+ 28/03/1973)).  Lecy era neta do Cel. Quinca Porto, mais uma vez Porto casando com Porto. José Luís e Lecy tiveram os filhos Glicério e Jussara; 

 

B 2.4.7- João Porto e Silva (* 05/03/1930 + 20/12/1993); 

 

B2.4.8- Orivaldo Porto e Silva (* 21/04/1932 + 03/08/2008), casado em 06/07/1957, com Marilda Noely Porto (* 04/02/1940 + 24/01/2021), esta filha de Sezefredo Pinto Porto e Maria Amalia Porto

 

B 2.4.9- Yeda Porto e Silva, casada em 18/07/1951, com Valdemar Larger.

 

N2.5- Francisco Rodrigues Porto (* 25/11/1896 + 30/08/1962), casado com Matilde da Silva Carvalho (* 04/12/1902 + 21/11/1939), sepultados no cemitério do Bom Retiro, Candelária, RS, com quem teve os filhos: 

B2.5.1- Alfredo Orci Porto (* 21/12/1919 + 26/06/1966), casado com Auta G. Porto (* 17/11/1920 + 03/06/1962), sepultados no cemitério do Bom Retiro, Candelária, RS; 

 

B2.5.2- Oraci Porto Ritzel, casada com Teodolino C. Ritzel (filho de Alfredo Ritzel e Francisca Porto) casados na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no Bom Retiro, no dia 17/06/1952, ela com 32 anos, ele com 34

 

B2.5.3- Nair Ereni Porto Cardoso

 

B2.5.4- Maria Aldina Porto (* 08/04/1925 + 31/07/1989), casada em 20/10/1943, com Taurino da Rosa Oliveira, nascido em Encruzilhada do Sul em 04/11/1920, filho de José Pedro de Oliveira e Gomercinda da Rosa, falecido em 12/08/1996, e moravam em Cachoeira do Sul; 

 

B2.5.5- Gessi Edith Larger

 

B2.5.6- Joaninha Terezinha Porto (* 18/09/1930 + 14/10/2009), casada com Alduino Pinto Porto (* 23/07/1925 + 13/01/1998), este filho de Epaminondas Pinto Porto (* 18/06/1885 + 08/08/1965) e Eduvirges Fernandes Porto (* 19/05/1884 +  18/11/1975);

 

B2.5.7- José Antônio Porto;

 

B2.5.8- Ana Aurora Porto Carvalho, casada em 08/10/1952, na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no Bom Retiro, com Luiz Levis de Carvalho;

 

B2.5.9- Oraida Porto dos Santos, casou-se aos 18 anos, na Capela do Bom Retiro, interior de Candelária, aos 14/04/1956, com Élio dos Santos. Ele com 21 anos na época, filho de Semeão dos Santos e Miraci Ecilda Porto;

 

B2.5.10- Daltro Rubem Porto.

 

N2.6- Alfredo Pinto Porto (* 21/12/1898 + 15/06/1922), sepultado no Cemitério da Costa, Pinheiro, Candelária, RS;
Alfredo Pinto Porto



Sepultura de Alfredo Pinto Porto
Cemitério da Costa, Pinheiro
Interior de Candelária, RS

N2.7- João Maria Porto (* 05/05/1900 + 28/02/1983), o Tio Joca, casado com Nelsinda Emilia Porto (* 07/11/1906 + 24/04/1972). Ambos sepultados no cemitério do Bom Retiro, em Candelária, RS.  Tiveram as filhas:

B2.7.1- Emília Zoni Porto (* 12/08/1936 + 28/06/1972), casada em 12/06/1954, com Alcemar Moreira Porto (* 25/12/1932), este filho de Almedorino Pinto Porto e Adiles Moreira Caldas Porto. Emília e Alcemar tiveram a filha Salete Marília Porto, casada com Rubi Agostino Porto, este filho de Adair Pinto Porto e Zelina Porto. Aqui são quatro gerações de Porto casando com Porto, todos descendentes do Cel. Francisco Pinto Porto em diversos pontos da árvore genealógica.

 

B2.7.2 - Eva Nesi Porto (* 24/09/1932 + 20/03/1966) , esta casada com Pio Pinto Porto.

N2.8- Delfina (* 05/12/1890 + 15/09/1892) falecida de garrotilho;

N2.9 – Angelina (* 14/07/1891 + 22/09/1892) falecida de febre tifoide.


F3- Luciana da Conceição Machado Cunha (* 12/01/1869 + 03/11/1954), casada com João Arthur da Cunha, com quem teve os filhos:

Livro Batismos 1867 set 1873 Paróquia N S do Rosário Rio Pardo RS 


N3.1- Joaquim Pedro da Cunha;

N3.2 – Protásio da Cunha;

N3.3- Thimoteo da Cunha;

N3.4- Vasco da Cunha (* 24/06/1897 + 15/09/1963), casado com Clara Porto, com quem teve os filhos Adão A. da Cunha, Eva, Ana, Protásio;

N3.5- Ovídio da Cunha;

N3.6- Rodolfo da Cunha;

N3.7 –Epaminondas da Cunha;

N.3.8- Maria;

N3.9- Mário da Cunha;

N3.10- Manoel Antônio, nascido em 03/05/1895, falecido solteiro, não deixou descendentes;

N3.11- Ana.


F4- Octaviano Machado Teixeira, nascido em 27/06/1872, casado com Antônia Endres Teixeira, que tiveram o filho Arlindo Machado Teixeira (* 27/05/1901 + 14/10/1975), casado com Leonida de Moraes (* 25/05/1901 + 02/08/1986); 

Arlindo Machado Teixeira

F5- Ubaldina da Conceição Machado, casada com Alfredo José Silveira;


F6- Luiza da Conceição Porto, falecida aos 61 anos de idade, em 13/06/1939, casada com seu tio, Manoel Pinto Porto (* 10/10/1875 + 10/04/1955). Este, filho do Coronel Francisco Pinto Porto (* 05/01/1814 + 30/08/1893) com Clara Rodrigues Porto (+ 06/05/1884). Viviam na localidade de Bom Retiro, interior de Candelária, como a maioria dos Porto. Tiveram os seguintes filhos:

N6.1- Osório Pinto Porto (* 13/10/1901 + 18/10/1972), casado com Silvina da Silva Carvalho (* 16/12/1900), e tiveram os filhos: 

B6.1.1- Odilla Carvalho Porto (* 10/10/1923), casada em 29/09/1951, com Américo Ferreira Martins (* 12/10/1902), este filho de Bernardino Ferreira Martins e Antônia Fagundes Ferreira;

B 6.1.2- Adair Pinto Porto, nascido em 25/02/1922, falecido em 25/04/1995, casado em 12/09/1942 com Zelina Soares Cesar (* 25/10/1923), filha de Francisco Soares Cezar (* 29/11/1896) e Almerinda Severo Soares Cezar (* 11/03/1907);

B6.1.3- Alfredo Adir Porto;

B6.1.4- Adão;

B6.1.5- Maria Luiza Cezar (* 13/09/1925), casada em 10/06/1947 com Ivo Soares Cezar (* 08/08/1922), filho de Francisco Soares Cezar (* 29/11/1896) e Almerinda Severo Soares Cezar (* 11/03/1907);

B6.1.6- Diva;

B6.1.7- Jurema;

B6.1.8- Eva;

B6.1.9- João;

B6.1.10- Irene.

N6.2- Heitor Eletro Porto (* 18/11/1902 + 30/06/1992), com Ottylia da Rosa (* 05/05/1912 + 14/02/1997), esta filha de Arlindo José da Rosa e Maria Glória da Rosa. Tiveram os filhos: 

B6.2.1- Eloi Luisa;

B6.2.2- Ida da Conceição Porto, nascida em Candelária, aos 15/01/1946, casada em 31/07/1964 com Gustavo Furlan, nascido em Cachoeira do Sul, aos 24/02/1935, filho de Botolo Furlan e Leonora Elsa Stahl Furlan;

B6.2.3- Olívia.

 N.6.3- Zelina Ambrosina Porto (* 07/02/1905 + 23/11/1992), casada com Ovídio Xavier da Cunha. Tiveram os filhos Orilda, Adão Aires, Romildo, Gil, Romeu, Eva, Vilma e Romilda.

N.6.4- Angelina Clara Porto Machado Teixeira (+ 06/02/1925), casada com Alcides Machado Teixeira, de cujo matrimônio não deixou descendentes;

Em abril de 1916 Manoel e Luiza perderam cinco filhos por disenteria: 

N.6.5- Ovídio Pinto Porto, falecido com dezesseis anos e nove meses de idade em 11/04/1916; 

N.6.6- Floracy da Conceição Porto, falecida em 12/04/1916, com seis anos, cinco meses e oito dias de idade; 

N.6.7- Maria Diamantina Porto, falecida em 13/04/1916, com 2 anos, cinco meses e trinta dias de idade; 

N.6.8- Noêmia Doralina Porto, falecida em 18/04/1916, com 9 anos, 03 meses e  13 dias de idade; 

N.6.9- Eudócia da Conceição Porto, falecida em 21/04/1916, com 17 anos, 10 meses, e  16 dias de idade; 

No mês seguinte:

N.6.10- Enor Pinto Porto, falece em 20/05/1916, de meningite, com um ano e quatorze dias de idade;

Anteriormente já haviam perdido:

N.6.11- Docil Assis Porto, falecido de espasmo, com cinco meses de idade, em 30/06/1911;

N.6.12- Francisco Rodrigues Porto, falecido com cinco meses e sete dias de idade, em 22/01/1901, sendo causa da morte diarreia;

N6.13- Adão José Porto, falecido em 09/09/1912, com dois meses e dez dias de idade, de úlceras recolhida.


F.7- Osório Machado Teixeira (* 03/05/1878 + 08/08/1942), casado em primeiras núpcias em fevereiro de 1925, com Letícia Arlinda Porto (* 09/02/1891 + 01/05/1940), esta filha do Coronel Joaquim Pinto Porto Sobrinho (* 12/09/1846 + 05/06/1928). Osório e Letícia tiveram os seguintes filhos:

N.7.1- Amantina Zelina Teixeira, casada com Arnaldo Leopoldo Jordan, e tiveram os filhos: João, Pegi, Beci, Adroaldo e Ático;

N.7.2- Flávio Augusto Teixeira (* 07/05/1904 + 22/11/1969), casado em primeiras núpcias com Julieta Porto Ribeiro,  com quem teve dois filhos:

B7.2.1- Edy Ribeiro Teixeira (* 13/05/1931 + 24/11/987), casado com Maria Terezinha Ribeiro da Fonseca;

B7.2.2- Odilon.

Flávio se casou em segundas núpcias com Maria Geci Braga Teixeira, com quem teve os seguintes filhos:

B.7.2.3- Ovídio
B.7.2.4- José Odi Teixeira.

N.7.3- Macedonaldo Vergolino Teixeira (+ 23/03/1928), casado com Diamantina Winck, e não deixaram descendentes.

Osório se casou em segundas núpcias com Elma Baierle Teixeira, com quem não deixou descendentes.


F.8- Maria do Carmo Braga, casada com seu primo José Gomes Braga (*19/03/1879), filho de Luciana da Conceição Porto com Francisco José Gomes Braga Filho (* 04/08/1850 + 29/10/1918). Tiveram, entre outros, os seguintes filhos:


N.8.1- Maria Geci Braga Teixeira (* 24/08/1925 + 14/11/1997), casada em 15/07/1944 com Flávio Augusto Teixeira, nascido em 08/05/1904, este filho de Osório Machado Teixeira (+ 08/08/1942) e Letícia Arlinda Porto (+ 01/05/1940), e teve os filhos José Odi e Ovídio Luís

N.8.2- Aricildes Gomes Braga (* 28/06/1904 + 10/07/1969), casado com Liticia Endres Braga, com quem teve os filhos Tony Braga (* 03/03/1930 + 08/08/1992), Sady, Sara, Vitória

N.8.3- Francisco Dorival Braga (* 01/11/1919), casado em 09/10/1938, com Eva Machado (* 19/03/1922), filha de Leovegildo Luis Machado e Marcina Machado;

N.8.4- Arthur Gomes Braga (* 01/10/1907 + 10/02/1944), casado com Olinda Gomes Braga;

N8..5 – Maria Beti Braga (* 06/03/1927), casada em 15/07/1944 com Francisco Apparício Vidal Rodrigues (* 15/07/1925), filho de  Vitalino Vidal Rodrigues (* 29/11/1890) Anna Machado Rodrigues (* 24/04/1896);

N8..6 - Ovídio Gomes Braga (* 06/03/1902 + 24/06/1978), casado com Emília Baierle Braga, e tiveram os filhos Malvina, Loia, Nei e Diva.


F.9- Claudina, nascida em 22/05/1874;

F.10- Francisco, nascido em 07/01/1880;

F.11- Velocino Machado Teixeira (* 15/05/1885 + 18/06/1969), casado com Cacilda de Freitas. Tiveram os filhos: Peggy, Florisbela, Ovídio, Oracilda, Ocília, Floralícia, Angelina, Odalícia.


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Seu zezinho, o homem do campo que se tornou uma das figuras mais conhecidas de Candelária

Heitor da Fontoura Porto
(* 19/12/1925 + 02/08/2016)

 Por Anna Porto

Publicado na Folha de Candelária do dia 04 de julho de 2014. 

    “Meu avô hoje é um senhor de 89 anos. Tem a mesma idade que Candelária emancipada. Quando penso em sua trajetória, não deixo de refletir sobre a oportunidade que teve de acompanhar os acontecimentos da cidade. Vislumbro essas suas histórias sendo construídas lado a lado.

    Figura reconhecida em sua cidade, Heitor da Fontoura Porto, mais conhecido como Seu Zezinho, me pediu diversas vezes que eu ajudasse a contar sua história. Na tentativa de me encorajar, certa vez mencionou que esteve em sua casa uma jornalista para entrevista-lo sobre sua vida. Retrocedendo um pouco no tempo, me lembro, ainda criança, de sentar em seu colo para ouvir algumas histórias engraçadas e assustadoras ao mesmo tempo sobre as raposas e os graxinins do campo. Lembrando disso, percebo seu gosto por narrativas e penso que talvez eu tenha herdado dele esse gostar. Meu avô agora tem fixação por contar suas próprias vivências para aqueles que ainda estão por vir, sejam ou não de sua família, o conheçam ou não. Quer deixar por escrito suas conquistas no espaço e no tempo. Esse é o seu maior desejo. Então, prometi tentar ajudar.
Hoje talvez as crianças não escutem mais histórias sobre guaxinis. O mundo mudou, a cidade da minha família também e  o meu avô acompanhou essas mudanças. Gosto de pensar nele como um homem simples, trabalhador, agricultor que progrediu com força e perseverança.

    O início é sempre o mesmo: o casal de vizinhos que gerou meu pai, tornando possível a minha existência. Era uma vez, portanto, um rapaz de origem portuguesa, de olhos azuis, chamado Heitor. Sua vizinha da frente era uma morena bonita de nome Laura Pereira Nunes. Os dois moravam na Vila Fátima, em Candelária, naquele tempo conhecida como Rincão dos Potros. Os dois haviam nascido ali e viviam na mesma comunidade, com os mesmos costumes e, mais tarde, eram da mesma família.

    Mas para meu avô a história começava muito antes, desde os tempos em que, para aprender a ler, ele andava cinco quilômetros até a cidade, acompanhado do irmão Cidoca. Os dois de pé no chão, pois era necessário realizar a travessia de arroios. Depois, iam até a casa do tio Antônio Ribeiro, onde eles lavavam os pés, botavam os calçados e iam para a aula. Sua primeira professora foi Edite, uma mulata. Nessa época já tinha 12 anos e seu outro professor, de nome Fábio, dizia nos exames: “Mas rapaz, tu é bem inteligente em geografia, história do Brasil, aritmética, tu tem média muito boa e no resto tu vai de arrasto e essa letra pior no mundo não existe”.

Casamento em 26/04/1947

    Chegava ao meio dia do grupo escolar e à tarde ia para a lavoura com a mãe Francisca, enquanto o pai, apelidado Caloca, cuidava do armazém, a venda da família. Ajudava também na criação de animais, porcos, galinhas. Conta que aprendeu desde cedo com o pai a trabalhar na terra, lavrar, trabalhar com gado. Essa era sua rotina na época, até que, no quarto ano, seu pai ofereceu estudo para um dos filhos, em Santa Cruz do Sul, no colégio Marista. Foi então que trocou os estudos pela vida interiorana. Decidiu que queria ser um homem do campo, pois era disso que gostava.

    E vivia sempre naquela vida campeira, pé descalço, rachado, cheio de tico-tico, exposto ao vento, frio e geada. Aos 16 anos de idade passou a trabalhar como carroceiro ambulante. Comprava arroz nos vizinhos, levava para o engenho do Ledo Ritzel, beneficiava e depois ia vender em outras localidades. Dessa época conta que, durante a guerra, faltou querosene e sal na região, e um lavoureiro, seu Miguel, lhe fez uma proposta: caso conseguisse arranjar uma lata de querosene lhe pagaria 100 mil réis, que era muito dinheiro, já que ela valia de 20 a 30. Então, viajou para Dona Carlota, localidade onde viviam descendentes de alemães e onde havia um grande comércio. Ele chegou com sua carroça, vendeu seis sacos de arroz e sobraram outros dois. Disse então ao dono da venda:  “O senhor fica com tudo e eu compro cera, que o senhor tem no armazém”.  Vendo três caixas de querosene que estavam em um canto, propôs:  “Lhe compro ainda essa querosene”. E assim conseguiu com o dono da venda uma caixa de querosene e seus 100 mil réis por uma lata. 

    No final da década de 30, já moço, pagava em média dois mil réis para ter uma fitinha posta no peito e entrar nos bailes. Só participava quem era de boa família. Dançava então nos bailes de campanha, que eram evento dos quais se podia participar apenas com convite. Havia um gaiteiro e, de vez, em quando, alguém para tocar violão.  Brincavam de polca do Bastão, em que o rapaz que sobrava com o bastão tinha que arrumar uma menina para dançar e deixar o par com o dever de fazer o mesmo. Imagino que tenham sido nessas ocasiões que ele e minha avó, com quem foi casado mais de 60 anos, dançavam. Quando conversamos sobre seu casamento, ele me conta, com os olhos apaixonados, que depois de sair do exército, com 22 anos, casou-se com  minha avó, que tinha então 16 anos. Segundo suas palavras, ela teve um papel essencial para fazer dele e de sua vida o que realmente foram. Já casados, foram plantar fumo e começar uma vida de muito trabalho.

    Mas na verdade plantar fumo não era o que meu avô queria. Ele ambicionava plantar arroz, e foi o que fez. Durante algum tempo, arrendava terra, pagava porcentagens. Acabou se tornando um trabalhador tão bem sucedido que logo já tinha reunido dinheiro suficiente para comprar seu próprio pedaço de chão. Foi nessa época que um conhecido seu, o Dedé, o levou até Santa Cruz para financiar um motor de puxar água para irrigar a lavoura. No ano seguinte já havia financiado um trator. Se tinha três anos de financiamento, ele quitava no primeiro ano. Seu lema era: sem dívidas; se tem dinheiro, paga.

    Mudou-se para Taquari com a família, de camionete, uma Ford 29, e nessa época já tinha um caminhão próprio, que carregou a mudança. Mas nem tudo foi êxito. Morou lá por dois anos e, nesse período, houve uma grande enchente. Conforme relata, “deu uma chuvarada e tapou quase toda a lavoura de arroz”, junto com o trabalho árduo. Nessa situação, o prefeito de Taquari e o banco o ajudaram. Através do seguro, se recuperou como pôde e retornou para sua terra, Candelária. Como saldo dessa experiência, quando olhava para o céu não podia nem ver trovejar. 

    Voltou a trabalhar nas imediações da Rebentona, construiu um engenho. Nesse galpão de madeira, beneficiava arroz e o levava para a região metropolitana de caminhão para vender. Era ao mesmo tempo agricultor, caminhoneiro e negociante. Já nos anos 60 o engenho ia muito bem e ele recebeu proposta de sociedade por parte do dono da futura rede de supermercados Nacional. No entanto, preferiu emprestar o dinheiro de três cargas de arroz para que o seu amigo comprasse e começasse o seu negócio. Até hoje não se arrepende, afinal seu amor era o campo. Logo após, deixou o engenho nas mãos dos filhos e partiu para a pecuária. Investiu em sua fazenda, fez açudes, a estruturou para continuar plantando arroz, começar com a soja, criar gado e outros animais. “Eu gosto muito daqui, não prefiro essa vida de comerciante, até porque tenho dificuldade de lidar na cidade”, contou-me.

CITE 59, de 01/10/1981
Heitor de pé, sorrindo

    Por vezes foi confundido e tratado como empregado, mesmo sendo na verdade o patrão. Quando homens “enfatiotados” iam procura-lo para conversar sobre financiamento, lá se encontrava ele, até os joelhos sujos pelo barro, pés descalços, roupas simples, um senhor irreconhecível. E quando lhe perguntavam por que estava lá, enfiado no barro, como um serviçal, respondia: “Tenho que fazer de tudo pela vida”. Lembro-me também da vez em que entrou num banco em Porto Alegre de pés descalços e com roupas simples para retirar uma expressiva quantia em dinheiro, chamando grande atenção. Ou então quando um comprador de arroz chegou e lhe disse para carregar o caminhão e ele, humildemente, obedeceu.  O homem depois lhe pediu para acertar com o dono do engenho e meu avô passou pela porta de trás e o recebeu. Sem graça, o homem acabou por descobrir que empregado e patrão ali eram a mesma coisa. 

    Por essas e por outras mais, acho que meu avô queria passar adiante sua história, como uma lição de vida. Por muito tempo não entendi todo seu legado. Mas agora, escrevendo este texto, compreendo. E gostaria que um dia eu venha a me tornar um pouco como ele. Sem nunca esquecer de quem sou e da terra de onde venho”.

Para mais informações vide postagens anteriores: Vô Zezinho e Vó Laurinha e Eleições em Candelária

domingo, 19 de setembro de 2021

Família Braga

 Como as duas cidades do norte de Portugal, Porto e Braga, capitais de províncias vizinhas, essas famílias se uniram em matrimônio por diversas vezes, raízes de árvores cujos galhos se entrelaçam, fortalecendo a identidade lusa, e preservando o patrimônio.

Luciana da Conceição Porto, filha do Coronel Francisco Pinto Porto (* 05/01/1814 + 30/08/1893) com Maria Leonarda da Conceição, casou-se em 02/08/1873, com Francisco José Gomes Braga Filho (* 04/08/1850 + 29/10/1918), unindo a família Porto com a família Braga em Candelária, RS, e deixando vários descendentes, como veremos na sequência.

Francisco José Gomes Braga Filho era filho de Francisco José Gomes Braga (filho de José Gomes Braga), natural de Portugal, e de Delfina Loureiro Braga, natural de Rio Pardo. Esse casal também casou sua filha, Emília Gomes Braga com outro filho do Coronel Francisco Pinto Porto, o Coronel Joaquim Pinto Porto Sobrinho, fortalecendo mais ainda os laços entre as famílias.

Francisco José Gomes Braga Filho e Luciana da Conceição Porto tiveram os seguintes filhos:

F1-> Alfredo Gomes Braga (* 20/05/1874 + 26/07/1946), casado em 24/07/1897, com Maria Endres da Silveira (* 30/06/1877 + 10/01/1929), essa filha de Dionysio José da Silveira e de Margarida Endres da Silveira. Tiveram os seguintes filhos: 

N1.1 –Amantina Braga Thumé, a mimosa (* 14/04/1904 + 13/08/1972), casada com Arthur Rodolfo Thumé, e tiveram os filhos HIltor e Léa;

N1.2 – Donário Gomes Braga (* 07/05/1903 + 11/12/1958), casado com Iracema Feldmann Braga, e tiveram os filhos Levitom Luís Braga e Emília Celia Braga;

N1.3 – Protásio Gomes Braga, o Seu Nena, casado com Maria Áurea Ferreira Braga (* 08/08/1907 + 04/05/1985), e tiveram os filhos: Saul Ferreira Braga (* 08/03/1931 + 20/02/1992), casado com Eva Ribeiro Braga, a Morena, pais do Clóvis e do Castelar;  e Hugo Ferreira Braga, casado com Selma Ritzel Ribeiro Braga, e tiveram os filhos Paulo Ricardo e Rejane;

O Seu Nena era proprietário da empresa Braga e Filhos, um engenho de arroz, como se chamava na época, localizado no Rincão Comprido. Reportagem especial do Jornal de Rio Pardo, edição número 303, de 01/07/1956, assim narrava: “ali, naquele estabelecimento, a nossa reportagem teve o ensejo de observar um moderno maquinário de descasque de arroz, bem, como um possante motor diesel, marca Ru-ton, de 34 forças, o qual impulciona as diversas polias daquele engenho”.

Questionado sobre duas estampas que faziam alusão ao Sr. João Goulart e o Sr. Juscelino Kubitschek, disse: “Eu sempre fui e serei um getulista até o último cartucho. Estas fotografias são o meu símbolo de getulista convicto, pois estes dois grandes homens que os senhores estão vendo nesta fotografia, são cores da mesma bandeira de Getúlio Vargas”.

 

Reportagem do Jornal de Rio Pardo
edição número 303, de 01/07/1956

N1.4 – Cecília Gomes Braga, casada com Carlos Arnaldo Graeff;

N1.5 – Lectícia Gomes Braga;

N1.6 – Aníbal Gomes Braga (* 14/01/1911 + 07/05/1988), casado com Almerinda Braga (08/04/1911 + 23/02/1993), essa filha de Cassiano Gomes Braga e Luiza Ritzel Braga, eram portanto, primos, e tiveram 4 filhos: Edio, Celi, Eli e Hilton;

Aqui cabe uma observação: o casamento entre primos, e mesmo entre tio e sobrinha, era algo recorrente nas famílias de posses de antigamente. Relações quase incestuosas, com o intuito de preservar o poder e o patrimônio. Isso pode ser observado em vários pontos da árvore genealógica dos Porto. Mas como explicar o casamento entre primos em gerações mais recentes, onde o casamento é pautado pelo amor? Talvez um magnetismo que une Porto com Porto, ou uma sina, bênção, ou maldição. Seja como for, é algo recorrente, como se vê em outras postagens desse blog. Há até um ditado que dizia que Porto sempre se casa com Porto. 

 N1.7 – Omar Gomes Braga;

N1.8 – Julieta Gomes Braga;

N1.9- Adão Gomes Braga, falecido com 1 ano e 17 dias, em 08/12/1901;

Alfredo se casou em segundas núpcias com Guiomar Braga, e tiveram os filhos:

N1.10 – Eloy;

N1.11 – Jacy;

N1.12 – Juracy;

N1.13 – Getúlio.

F2-> Annibal Gomes Braga (* 31/03/1876 + 13/12/1930), casado em 18/06/1898 com Ondina Porto dos Santos Braga (* 06/10/1882), esta filha de Maria Luiza Porto (+ 12/04/1895) e Zeferino dos Santos e Silva. Ou seja, Annibal e Ondina eram primos, ambos netos do Cel. Francisco Pinto Porto. Não deixaram descendentes. 

F3->Cassiano Gomes Braga (* 25/06/1877 + 19/02/1946), casado com Luiza Ritzel Braga (falecida em 18/06/1960, aos 72 anos), essa filha de Oswaldo Ritzel e Guilhermina Ritzel, e tiveram os seguintes filhos:

N3.1 – Emília Braga Wernz (* 04/03/1900 + 22/04/1964), casada com Carlos Tito Wernz;

N3.2 – Francisco Gomes Braga, falecido em 25/10/1903, com nove meses de idade incompletos, tendo sido causa da morte “dentição”;

N3.3 – Guilhermina Gomes Braga;

N3.4 – Almerinda Gomes Braga (* 08/04/1911 + 23/02/1993), casada com Annibal Gomes Braga, esse filho de Alfredo Gomes Braga e Maria Endres da Silveira, portanto Almerinda e Annibal eram primos, e tiveram quatro filhos: Edio, Celi, Eli e Hilton;

N3.5 – Donário Gomes Braga (* 05/04/1914 + 09/11/1969), casado com Hildegard Frollich Braga, com teve os filhos Maria de Lourdes, Luís, Loreci, Helena;

N3.6- Oswaldo Cassiano Braga (* 04/08/1916 + 10/10/1987), casado com Edi Edith de Braga, e tiveram 5 filhos;

N3.7- Adão Dorival Braga;

N3.8- Armindo Eni Braga nascido em 05/09/1992, e falecido por asfixia, devido enforcamento, em 26/07/1928, casado com Maria Elcy Braga, e tiveram os filhos Marli e Elpídio;

N3.9 – Minervina Braga Correia, falecida aos 47 anos de idade, em 13/02/1958, casada em 22/06/1939, com Aníbal Correia, este filho de Cassiano Correa Soares (* 29/05/1887) e  de Francelina Rodrigues Corrêa (* 18/11/1880), e tiveram o filho Adão Braga Correa;

N3.10 – Almedorina Braga Quoos, falecida de tuberculose em 28/09/1940, casada com Ovídio Antônio Quoos, com quem teve os filhos Nercely Therezinha Quoos, Nercery Ermelina Quoos;

N3.11- A. Erni Braga.

N3.12- Francisco Gomes Braga (* 26/09/1903 + 20/08/1974), casado em primeiras núpcias com Alma Maria Braga (+ 10/11/1936), e em segundas núpcias, em 15/06/1940, com Thelmira Elmira dos Santos (* 24/03/1909 + 07/11/1986), esta filha de Luiz Manoel dos Santos (* 09/03/1859 + 26/09/1921) e Emilia Porto dos Santos (* 14/03/1849 + 06/05/1922).

F4-> José Gomes Braga, nascido em 19/03/1879, casado com Maria do Carmo Porto, nascida em 16/06/1884, esta filha de Angelina da Conceição Porto (* 05/05/1842 + 23/02/1899) e Ovídio Luís Machado

Livro Batistmos 1880, jan - 1881, abr -
Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Rio Pardo


Tiveram entre outros, os seguintes filhos:

N4.1- Maria Geci Braga Teixeira (* 24/08/1925 + 14/11/1997), casada em 15/07/1944 com Flávio Augusto Teixeira, nascido em 08/05/1904, este filho de Osório Machado Teixeira (+ 08/08/1942) e Letícia Arlinda Porto (+ 01/05/1940), e teve os filhos José Odi e Ovídio Luís; 

N4.2- Aricildes Gomes Braga (* 28/06/1904 + 10/07/1969), casado com Liticia Endres Braga, com quem teve os filhos Tony Braga (* 03/03/1930 + 08/08/1992), Sady, Sara, Vitória; 

N4.3- Francisco Dorival Braga (* 01/11/1919), casado em 09/10/1938, com Eva Machado (* 19/03/1922), filha de Leovegildo Luis Machado e Marcina Machado;

N4.4- Arthur Gomes Braga (* 01/10/1907 + 10/02/1944), casado com Olinda Gomes Braga;

N4.5 – Maria Beti Braga (* 06/03/1927), casada em 15/07/1944 com Francisco Apparício Vidal Rodrigues (* 15/07/1925), filho de  Vitalino Vidal Rodrigues (* 29/11/1890) Anna Machado Rodrigues (* 24/04/1896);

N4.6 - Ovídio Gomes Braga (* 06/03/1902 + 24/06/1978), casado com Emília Baierle Braga, e tiveram os filhos Malvina, Loia, Nei e Diva.

F5-> João Baptista Braga, nascido em 25/12/1880;

F6-> Osório (* 12/08/1882).


terça-feira, 7 de setembro de 2021

Alice Diamantina Porto e Ovídio Pinto Porto

 

Jazido de Alice Diamantina Porto

"Esquecer os ancestrais é como ser um riacho sem nascente, uma árvore sem raízes" (Provérbio Chinês).


Jazido de Alice Diamantina Porto
Cemitério Católico de Cerro Branco, RS

* Alice Diamantina Porto nasceu dia 10 de abril de 1891, filha do Cel. Quinca Porto e Emília Gomes Braga,  e faleceu aos às onze horas do dia  20 de janeiro de 1941, em sua residência, no Faxinal dos Porto, Candelária, por envenenamento voluntário.

* Era casada com Ovídio Pìnto Porto, este nascido em 10 de abril de 1887, filho de José Pinto Porto (+ 10/04/1920) e Maria Aldina da Conceição Machado (* 12/06/1867 + 30/12/1900). Alice e Ovídio eram, portanto, ambos Porto. Isso porque o pai de Ovídio, José, era filho do Cel. Francisco Pinto Porto com Clara Rodrigues Porto, enquanto que o pai da Alice, o Cel. Quinca, era filho do mesmo Cel. Francisco Pinto Porto com sua primeira esposa, Maria L. da Conceição. 

Ovídio Pinto Porto


* Alice e Ovídio tiveram dois filhos:

-> Maria Emília Diamantina Porto, nascida em 23/05/1914, casada em 25/06/1945 com Heitor Ferreira Martins, nascido em 04/09/1905, filho de Bernardino Ferreira Martins (* 20/02/1863) e Antônia Fagundes Ferreira (* 13/06/1873);

-> Nerino Euclides Porto (* 26/03/1919 + 25/03/1972), casou-se em 25/07/1945 com Alvarina Porto (* 13/01/1926 + 12/04/2010), e tiveram os filhos José Adroaldo, Estela, Célio Roque, Helena Maria, e Glória Aparecida.

* Ovídio Pinto Porto casou-se em segundas núpcias em 11/07/1942 com Anália Diamantina Porto (* 04/12/1914), esta filha de Apparício Pinto Porto (* 08/04/1892 + 05/04/1971), primo de Ovídio, e de Eva Nunes da Silva (*13/01/1893). Tiveram cinco filhos:

-> Elemar Pinto Porto;

-> José Carlos Porto;

-> Cilon Pinto Porto;

-> Maria Gelaci Porto;

-> João Carlos Porto.

* Ovídio faleceu com 72 anos, quatro meses e dez dias de idade, às três horas do dia 20 de agosto de 1959, em seu domicílio, na localidade de Faxinal.

Os Porto, em sua maioria, viviam na região próxima ao Botucaraí, em localidade hoje chamadas de Linha Palmeira, Bom Retiro e Faxinal dos Porto, interior de Candelária. Acredito que, à época, essas localidades todas se chamavam Faxinal, por causa de um arroio de mesmo nome, que hoje divide Linha Palmeira de Bom Retiro. 

O acesso à Linha Palmeira se dá pela RSC - 287, à esquerda, no sentido Candelária - Novo Cabrais, a poucos metros do km 153. 

* Fato curioso, relatado por reportagem da Folha de Candelária, do dia 13 de julho de 2018, de autoria de Luciano Mallmann, conta sobre uma agregada de Ovídio, Ana Rita, provavelmente descendente de escravos. Ovídio costumava brincar com ela a respeito de quem morreria primeiro. Foi então que, uma vez, ela lhe retrucou dizendo que morreria somente no dia em que ele também morresse. Coincidência ou não, em 20 de agosto de 1959, enquanto Ovídio era velado em sua casa, a poucos metros dali, em uma sala mais humilde, era velado o corpo de Ana Rita. 

 

domingo, 5 de setembro de 2021

Família Vaz Ribeiro

 

assinatura de Anália e Antônio na Certidão de Casamento

Anália Rodrigues Porto se casou com Antônio Vaz Ribeiro, em 08/09/1894, na Igreja Católica de Candelária, momento em que a família Porto se uniu à família Vaz Ribeiro. Portanto, se tu carregas o sobrenome Vaz Ribeiro, de Candelária, há grande possibilidade de ser descendente da família Porto.

Anália era filha do Coronel Francisco Pinto Porto com Clara Rodrigues Porto (vide postagem: https://genealogiafamiliaporto.blogspot.com/2010/05/cel-francisco-pinto-porto.html ), e nasceu em 07/10/1871, tendo falecido em 22/07/1931.

Moravam no Campo da Estância, em Candelária, RS.

Antônio fora filho de João Vaz Ribeiro e Anna Braga Ribeiro, falecido às 16 horas do dia 08 de outubro de 1941, de morte natural, em sua residência, com assistência médica, e era comerciante. Era irmão de Aldino Vaz Ribeiro, este casado com Alzira Vaz Ribeiro, pais do Seu Dorinho (Dory Maciel Vaz Ribeiro, * 12/11/1926, + 30/09/2015).

A família Porto e a família Braga também estiveram ligadas em vários pontos, casando entre si, de forma a manter o patrimônio e, principalmente a identidade, visto serem originários de Portugal, duas províncias próximas, Porto e Braga. 

João Vaz Ribeiro era filho de Antônio José Ribeiro Guimarães, natural de Portugal, e Joanna Leopoldina Vaz Ribeiro, natural da cidade de Pelotas.

Já Anna Braga Ribeiro era filha de Francisco José Gomes Braga, natural de Portugal, e Delfina Loureiro Braga. Portanto ela era irmã de Emília Gomes Braga, que fora casada com o Cel Quinca Porto e de Francisco José Gomes Braga Filho, casado com Luciana da Conceição Porto, filha do Cel. Francisco Pinto Porto. Ou seja, pelo menos três filhos do Casal Francisco e Delfina se casaram com descendentes do Cel. Francisco Pinto Porto, unindo essas famílias. 

Antônio e Anália tiveram os seguintes filhos:

-> Diamantina Porto Ribeiro (* 28/11/1895), casou-se em 13/07/1927 com Galdino Luiz da Silva (* 18/04/1893 + 10/04/1956), e não deixaram descendentes;

-> Eresina Porto Ribeiro, falecida em 24/08/1908, com cinco anos de idade, e foi causa da morte "espasmo", tendo sido sepultada no Cemitério dos Correia, na estrada que segue para o Bexiga;

-> João Porto Ribeiro;

-> Julieta Porto Ribeiro, moradora do Rincão Comprido, falecida em 30/03/1940, casou em 1928 com Flávio Augusto Teixeira, com quem teve os seguintes filhos: - Odilon Jaques Teixeira; - Edy Ribeiro Teixeira.

Aqui cabe um adendo: Julieta e Flávio, ambos eram Porto, pois ele era filho de Osório Machado Teixeira (* 03/05/1878 + 08/08/1942) e Letícia Arlinda Porto Teixeira (* 09/02/1881 + 01/05/1940), esta filha do Coronel Quinca Porto, neta do Coronel Francisco Pinto Porto, enfim, Porto casando com Porto, como de costume.

-> Hormino Porto Ribeiro, casado com Eulina Ritzel Porto;

-> Francisco de Almeida Porto Ribeiro;

-> Ida Vaz Ribeiro;

-> Marcondes Vaz Ribeiro, falecido em 20/08/1901, com 7 dias de idade, sepultado no cemitério do Estácio;

-> Mário Vaz Ribeiro (* 14/08/1901 + 01/07/1961), casado com Adelcia da Conceição Braga (*21/07/1906 + 22/09/1984);

Mário e Adelcia

Mario e Adelcia tiveram, pelo que se sabe, os filhos: 

- Maria Terezinha Ribeiro (* 21/10/1930), casada em 23/07/1947, com Ney Gomes Braga (* 02/12/1926 + 26/12/1993), este filho de Ovídio Gomes Braga e Emília Baierle Braga. Tiveram os filhos Clécio e Leda;

- Erena Vaz Ribeiro (+ 19/09/1937);

- Ivo Vaz Ribeiro (* 04/05/1926 + 06/05/1987), casado em 13/06/1947 com Loya Braga (* 28/05/1931), filha de Ovídio Gomes Braga (* 06/03/1902) e Emília Baierle Braga (* 10/06/1904). Ivo e Loya se desquitaram em 1967;

Ida Odette Ribeiro (* 10/05/1928 + 04/01/1987), casada com Silvio Pinto Porto (* 31/03/1922 + 19/07/1991).